VISITE A EXPOSIÇÃO VIRTUAL “MEMÓRIAS DE UMA EPIDEMIA”

A parte 2 da exposição está disponível digitalmente, e reúne material de diversas organizações da sociedade civil que atuaram, ao longo de décadas, nas diversas frentes de enfrentamento à epidemia de HIV*

Museu da Diversidade Sexual – MDS, instituição vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, com gestão da Organização Social Amigos da Arte, recebe a exposição Memórias de uma Epidemia: Coletivos em Solidariedade.

Desde o início da epidemia, quando a aids começou a tomar forma nas páginas de jornais e revistas, três características da doença ganharam destaque: sua natureza contagiosa, sua aparente incurabilidade e seu desfecho fatal. Essas características associadas a discursos morais, tornaram-se linguagem para a construção de metáforas do preconceito e da discriminação, vinculando noções de doença, contaminação, sujeira e perversão sexual e relacionando a ideia de contágio à transgressão.

Ao mesmo tempo, a metáfora contagiosa da aids também foi potente para coletivos de resistência contra a epidemia. Deslocado do discurso estigmatizante, o contágio tornou-se expressão das relações, encontros e trocas afetivas para a construção da importância da vida e de vivê-la plenamente. Além de compartilhar o luto da perda das vidas, eram nas ações solidárias e convívio nas comunidades onde era possível vivenciar a aids de forma coletiva.

Da criação do Grupo de Apoio à Prevenção da Aids de São Paulo em 1985 a coletivos contemporâneos, o horizonte ético-afetivo-político da solidariedade foi base para a construção de grupos e redes. Em constante diálogo com a academia e as políticas públicas, a sociedade civil organizada produziu várias expressões, se reunindo em torno de diferentes identidades e bandeiras. Essa pluralidade foi fundamental para a resposta à epidemia e permanece como aprendizado ainda hoje.

Matheus Emílio Pereira da Silva e Remom Matheus Bortolozzi

A Viração faz parte da exposição, com algumas das ações que movimentamos com as juventudes pela conscientização necessária sobre prevenção, acompanhamento e vivências posithivas, expressas em projetos como a Revista Viração e o Pra Brilhar.

Pra visitar nem precisa sair de casa!

Do Museu da Diversidade Sexual*

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