Um papo sobre sexo

Reflexões do livro “Bem resolvida”, da idealizadora do movimento Mulheres Bem Resolvidas, de Cátia Damasceno

por Amanda Costa

Fala minha lindeza climática, bele? <3

Há algumas semanas li o livro Bem Resolvida, da Cátia Damasceno e fiquei desse jeitinho *o*.

Muuuuulher, se você não conhece a Cátia, pare de ler esse texto agora e vá ver alguns de seus vídeos no YouTube ou no Instagram! A Cátia impactou taaaanto a minha vida que decidi compartilhar com vocês, minhas queridas leitoras, os aprendizados que tive com a leitura de seu livro.

A Ellen Monielle, famosa @eco.fada no Instagram, foi quem me apresentou a Cátia. Lembro que estavámos falando sobre empoderamento, relacionamentos e… SEXO. 

Isso mesmo, sexo! Porque falar de sexo ainda é tabu na sociedade brasileira? Tem toda uma indústria agindo em cima de pornografia, sexualização dos corpos infantis e sites focados no prazer do homem, mas quando o assunto parte de uma mulher logo é colocado na caixa estereotipada do vulgar, sensual e imoral. 

Desse modo, decidi me despir dos julgamentos e falar sobre o assunto. E quer saber a real? Falar sobre sexo não é apenas falar sobre o ato sexual, mas envolve todo um universo sobre empoderamento, auto-cuidado e prazer feminino. 

E já que vamos falar sobre o assunto, quero começar te perguntando:

Você gosta… de você?

Vai ser beeeem difícil gostar do sexo se você não gosta de você. Sexo também é um lugar de vulnerabilidade, aceitação e prazer e antes de exigir isso do outro, é importante encontrar em si. E para que uma mulher possa gostar genuinamente de si, é preciso se conhecer primeiro e resolver seus rolês. 

A sensação de ser bem resolvida tem a ver com se libertar.

Cátia Damasceno

Calma, respira. Se você ainda não tem uma boa relação consigo mesma, saiba que isso é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Não vamos amar cada pedacinho de nós de uma hora para outra, não dá para romantizar a parada. Esse lugar de autoaceitação vem com o tempo, é necessário estudo, investigação e muita reflexão.

De acordo com a Cátia, quando amadurecemos e nos responsabilizamos pela nossa história, duas coisas mágicas acontecem:

  1. Criamos estratégias para lidar com nossas características consideradas negativas da melhor forma possível.
  2. A opinião do outro, se for infundada, entra por um ouvido e sai pelo outro. A gente simplesmente ignora! Isso economiza energia, previne mal-entendidos e, por fim, não cansa a beleza.

Tem uma frase do livro que mexeu muito comigo: 

Não sou o que aconteceu comigo. Sou o que escolhi me tornar.

A nossa postura diante dos fatos, das pessoas e de nós mesmas tem um impacto profundo na nossa felicidade. Muitas oportunidades na vida vem quando dizemos sim, mas também muitos aborrecimentos são evitados quando dizemos não. Para saber quando dizer sim ou não:

1. Conheça-se melhor; 

2. Livre-se de comportamentos que não quer mais apresentar; 

3. Aprenda a não dar muito ouvido aos outros; 

4. Aprimora-se adquirindo novas qualidades; 

5. Exercite o perdão; 

6. Cuida-se mais; 

7. Permita-se dizer “sim” a novas experiências e oportunidades;

8. Aprenda a dizer mais “nãos”. 

9. Descubra e respeite suas próprias limitações;

10. Faça o que faz sentido para você, seja na cama ou fora dela!

Lembre-se: quando respeitamos nossos próprios limites, os outros também nos respeitam. Semeie, deixe a sua autoestima florescer e responsabilize-se, tenho certeza que esses simples atos transformaram a sua vida!

Agora que falamos de autoaceitação, bora falar de empoderamento:

Você conhece o POMPOARISMO?

Também conhecido como ginástica íntima, fortalecimento do assoalho pélvico, malhação da ppk ou musculação da cherolaynne, o pompoarismo é uma prática que ensina as mulheres a exercitarem a sua musculatura íntima. A habilidade se contrair e relaxar a PPK tem várioooos benefícios, como aumento da lubrificação, mais prazer no sexo, diminuição das cólicas menstruais e até mesmo fim do escape do xixi! 

Ao contrário do que muitas acreditam, a ideia do pompoarismo não é fazer seu parceiro ir à loucura, mas te proporcionar mais segurança em relação ao seu corpo e ao seu orgasmo! 

Falar sobre prazer feminino é libertador, sou prova viva disso. Por ter crescido num ambiente cristão, por muito tempo acreditei que pensar em sexo, ler sobre sexo e conversar sobre sexo era pecado… Hoje, consciente das amarras que uma sociedade patriarcal impõem ao corpo feminino, me sinto na obrigação de compartilhar meus aprendizados sobre o assunto.

E um recado final para as leitoras evangélicas que possam se sentir escandalizadas com essa conversa: que tal derrubarmos os rótulos (pecado x santidade) e criarmos espaços seguros de diálogo, trocas e aprendizados? 🙂

Um beijo da sua lindeza climática!

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