Podcasts AJN #11: Juventude Evangélica e Política

Gabriel Marques e Luciana Petersen contaram um pouco das suas trajetórias no meio cristão e responderam algumas perguntas sobre questões sociais e o atual governo, além de abordarem a importância do ativismo cristão consciente na sociedade. Ouça o bate-papo com jovens cristãos progressistas e suas percepções sobre política na íntegra no Spotify e nos principais tocadores.

Por Gustavo Souza e Thaynara Floriano, da Redação

Edição: Jéssica Rezende

No 11º episódio do podcast da Agência Jovem de Notícias, conversamos com Gabriel Marques e Luciana Petersen sobre a Juventude Evangélica e Política. Ambos nasceram, cresceram no meio evangélico e até hoje frequentam a igreja. Os dois se autodeclaram jovens progressistas dentro do cristianismo – termo dado a quem pauta a justiça social a partir do verdadeiro evangelho pregado por Jesus Cristo e seus princípios.

Gabriel Marques e Luciana Petersen contaram um pouco sobre as suas trajetórias no meio cristão e responderam algumas perguntas sobre questões sociais e o atual governo, que é considerado fundamentalista, além de fortemente (e estrategicamente) associado aos evangélicos. Os convidados, como cristãos progressistas, trazem uma visão de uma juventude evangélica engajada e comprometida com os Direitos Humanos e apresentam o verdadeiro modelo de evangelho que deve ser seguido – além de abordarem a importância do ativismo cristão consciente na sociedade.

Os jovens destacaram a importância de pautar temas sociais dentro da igreja, como a descriminalização do aborto, raça, classe, gênero e sexualidade. A partir da construção de espaços seguros de conversa e diálogo, as pessoas podem passar a se enxergar enquanto sujeitos políticos e aprender a refletir criticamente sobre o seu papel enquanto cidadãos e cidadãs de direitos. Essas conversas também são importantes para que a igreja possa exercer o seu papel profético de denunciar as injustiças sociais, sem esquecer que o Brasil é um país laico e com uma diversidade cultural e religiosa muito expressiva.

Durante o papo, discutimos o governo Jair Bolsonaro, suas influências e impactos no meio evangélico, como a estratégia de distorcer e descontextualizar textos bíblicos para gerar pânico moral e desinformação, a perseguição de alguns pastores a fieis que se recusam a votar no candidato indicado por eles, além da transformação de um local que deveria ser de paz e fraternidade em um campo de batalha ideológica e disseminadora de narrativas políticas violentas.

Culto virou comício, o louvor virou jingle e o Deus virou Bolsonaro

Gabriel Marques

Um ponto importante dessa conversa foi ouvir dos convidados que há espaços de resistência nas igrejas, bem como movimentos e coletivos formados por pessoas comprometidas com o evangelho, organizadas e dispostas para construir comunidades de fé que acolham todas as pessoas – inclusive (e principalmente) aquelas que são excluídas e discriminadas em nome de Deus, por conta de preconceitos e pela falta de disponibilidade de muitas lideranças religiosas em enfrentar o que seriam “conversas difíceis” para a igreja.

Na Igreja também existem os espaços de resistência, existem pessoas que ousam se afirmar e  viver seus relacionamentos, suas identidades e isso é muito bonito, acho que é a verdadeira expressão da graça de Deus

Luciana Petersen

Vem conferir este episódio completo, disponível no Spotify e nos principais tocadores:

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