Podcast Jovens da Ponte pra Cá: direito à cidade
Você já parou pra pensar sobre o que é direito à cidade? Sabe o que significa quando as pessoas têm esse direito negado?
Por redação AJN
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O que é direito à cidade?
A Giovanna, a Thamires, a Julia e a Kauanny, participantes do projeto Geração que Move SP e que moram nos territórios do Grajaú e Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo, tentam responder a essa pergunta a partir de suas vivências e descobertas, no terceiro episódio do podcast Jovens da Ponte pra Cá.

A Thamires trouxe uma bela definição:
O direito à cidade é o direito à terra urbana: à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte, aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer. Tudo isso consta no Estatuto da Cidade, que é de 2001. Esse estatuto tem como base os Direitos Humanos – logo, a gente pode pensar que o direito à cidade é relacionado diretamente com os nossos direitos individuais, sociais e culturais, entre outros
Mas, da definição à prática direta do direito à cidade, existe uma série de complicadores que afetam a rotina das pessoas – principalmente de mulheres, pessoas LGBTQ+, pessoas negras e moradoras das periferias. As opressões sociais afetam diretamente o direito à cidade e as meninas também falaram sobre isso.
A Julia comentou sobre como todos os direitos estão interligados e como o acesso a eles é afetado pelas opressões sociais:
Assim como a Thamires comentou, o direito à cidade é ligado a vários outros direitos. Então, por exemplo, se o direito à saúde, à educação, ao trabalho e ao lazer são negados, o direito à cidade é negado também. E é isso que essas opressões fazem: negar os nossos direitos. As opressões nos desumanizam.
As meninas colocaram, com exemplos de episódios recentes, como alguns grupos sociais têm seu direito à cidade negado diariamente, em diferentes sentidos e por diferentes motivos.
Clique aqui e ouça o episódio completo:
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Sobre o Geração que Move
O projeto Geração que Move, idealizado pelo UNICEF e Fundação Abertis e desenvolvido com a parceria técnica da Viração Educomunicação e tem como foco principal discutir os desafios, impactos e discriminações que adolescentes e jovens das periferias enfrentam em relação ao acesso a direitos previstos no Estatuto da Juventude e Estatuto da Criança e do Adolescente, com foco nas questões vinculadas ao direito à cidade.
Por meio de oficinas educomunicativas, prevê a criação de ações de comunicação e projetos de intervenção local no Grajaú e Jardim Ângela, regiões situadas na periferia da cidade de São Paulo, por parte dos/das jovens participantes.
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Imagem de Luis David Garcia Valdez por Pixabay
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