Parada LGBT: Brasil ainda machista e heteronormativo
No Brasil registra-se um crime de ódio anti-homossexual a cada três dias. As idades variam de 12 a 82 anos, o que leva a identificar que os/as adolescentes estão também dentro das estatísticas de homicídios por homofobia.
A homofobia reflete-se na vida dos/as adolescentes e jovens por meio de elementos cruéis, destacando-se a desconstrução de suas identidades, especificamente relacionada à orientação sexual, muitos/as relatam sentir um peso insuportável e desespero quando pensam na família e que, quando “saíram do armário”, sofreram insultos das pessoas que convivem. Humilhados frequentemente, não tiveram apoio e as torturas psíquicas, físicas e verbais levaram a uma postura de fuga, negação ou encorajamento para romper com o estado de violência.
Desta forma, pensar a homofobia é também pensar a questão de gênero, gays, lésbicas e trans de maneira específica e é importante destacar que como a violência sempre está relacionada ao poder e culturalmente as mulheres estão à margem, as lésbicas adolescentes se encontram em desvantagem e, considerando sua condição, estão mais vulneráveis as imposições machistas e heterossexistas determinantes.
Elisangela Nunes, de São Paulo (SP)