O retorno das aulas presenciais e a saúde mental dos jovens e educadores

As consequências da pandemia na saúde mental de estudantes, professores e gestores fora dos ambientes acadêmicos no período de isolamento social. Problemas, soluções e cicatrizações para a nova era.

Por Mariana Nunes Santos Gomes

Imagem de Alexandra_Koch por Pixabay 

Depois de dois anos de uma pandemia intensa e de reclusão social, estudantes, professores e gestores estão retornando aos ambientes escolares e acadêmicos no Brasil. E voltam todos enfrentando as consequências do isolamento nas relações sociais e na saúde emocional nesse período, e com questões que precisam ser avaliadas e superadas, além da atenção às novas formas de ensino e aprendizagem que surgiram nos últimos anos.

No início do mês de fevereiro de 2022, o aumento de casos de contaminação do covid-19 despertou angústia entre gestores públicos e profissionais da educação. Comunicados emitidos pelas agências de saúde e secretarias orientaram, em alguns estados brasileiros, o adiamento das voltas às aulas. 

Agora, muitos estudantes já retornaram às salas junto aos seus docentes e trazendo consigo as ansiedades, lutos, perdas irreparáveis, tristezas e demais problemas emocionais. 

A questão a ser debatida e orientada é: como vamos atuar diante das consequências desse isolamento? Quais mecanismos família, escola e sociedade deverão desenvolver de imediato para lidar com essas situações?

Orientações 

O Sistema de Ensino Positivo, em 21 de dezembro de 2020, publicou em seu blog algumas dicas de acolhimento emocional na voltas às aulas, trazendo que: ‘É preciso também compreender que o luto pode ser um tema recorrente na volta às aulas. E que deve ser trabalhado com muita delicadeza e respeito. Nesse sentido, mesmo aqueles que não perderam nenhum familiar ou amigo para a doença vivem um momento de luto coletivo. Portanto, é necessário ser paciente e cauteloso.’ Refletindo sobre essas orientações, a Editora Positivo cita ainda a importância do acolhimento profissional realizado por psicólogos e psicopedagogos.

No ano de 2019, foi aprovada a Lei Nº 13.935, DE 11 DE DEZEMBRO, que “Dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas redes públicas de educação básica” em âmbito Nacional. Porém, a legislação ainda segue estagnada nos seus andamentos práticos e de inserção desses profissionais que poderão ser diferenciais nos novos rumos da saúde e educação.

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay 

Esperanças

Como em todos os momentos marcantes na humanidade, a educação é crucial no entendimento dos fatos, no registro das situações e no pensar de novos caminhos para serem seguidos diante as crises.

O porto seguro de estudantes, professores e familiares é a tríplice da empatia e acolhimento social, dando partida aos desvendares dos bloqueios que impedem a evolução da educação e da superação da pandemia. 

Acreditar e ter esperanças são os caminhos principais que abrirão as portas das novas gerações para novas soluções.

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