Novo Acordo Verde – O Brasil de volta ao debate ambiental
Entre o segundo turno das eleições e o início da COP 27, aconteceu no Rio de Janeiro um evento que reuniu movimentos sociais, organizações da sociedade civil, representantes dos povos originários do Brasil em torno da retomada do debate ambiental no nosso país
Por Thaynara Floriano, da redação
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Na última quinta-feira, dia 3 de novembro, aconteceu no Rio de Janeiro o Encontro Internacional Inclusão pela Paz e Terra, promovido pelo Instituto Lula, NAVE (Novo Acordo Verde no Brasil) e a consultoria ambiental Fervura no Clima.
O encontro sinaliza o retorno do Brasil às discussões sobre a atual situação climática mundial. Movimentos sociais, ONGs, lideranças indígenas e rurais de todo Brasil estiveram presentes no Encontro Internacional Inclusão pela Paz e Terra para alinhar uma agenda em comum a favor da preservação da vida ambiental. Os cientistas Carlos Nobre e Paulo Artaxo, o diplomata e ex-ministro de Relações Exteriores Celso Amorim, a bióloga e ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, o ambientalista Marcio Astrini, o fotógrafo Sebastião Salgado, as lideranças indígenas Sonia Guajajara e Txai Suruí estiveram no evento, que também marcou os 30 anos da Eco-92.
O governo brasileiro dos últimos quatro anos atacou instituições, descredibilizou a Ciência e recuou em relação às políticas públicas de proteção ao meio ambiente, contribuindo para o desmatamento e genocídio indígena.
Com o objetivo de impedir novas demarcações de terras indígenas, o atual governo transferiu a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) para o Ministério da Agricultura, o que colaborou para validar invasões de terras indígenas produtivas e já demarcadas.
Segundo o GreenPeace, se compararmos a média do desmatamento da Amazônia dos três primeiros anos de governo Bolsonaro (média de 11.405 km² entre 2019 e 2021) em relação à média dos três anos anteriores (média de 7.458 km² entre 2016 e 2018), a área desmatada na Amazônia teve um aumento de 52,9%. Em 2021, segundo o Prodes/Inpe, a Amazônia teve o pior nível de desmatamento desde 2006.
Foram 13.235 km² desmatados no bioma, o equivalente a quase nove vezes o município de São Paulo ou 11 vezes a cidade do Rio de Janeiro.
E essa política ambiental teve efeito tão devastador que também impactou as relações internacionais do Brasil, o país ficou sem credibilidade internacional e não teve muito apoio de investidores estrangeiros.
Meio ambiente também é questão de saúde pública e a degradação ambiental proposital, a fim de prejudicar populações periféricas ou grupos de minorias étnicas é racismo ambiental, já que a distribuição dos impactos ambientais não prejudica a curto prazo toda a população, apenas uma parcela marginalizada.
O futuro do país depende de políticas que trabalhem para o bem social, preservar o meio ambiente é acreditar na construção de um futuro saudável e de uma comunidade segura para se viver.
A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27) acontecerá no Egito, de 6 a 18 de novembro. Lideranças de todos os lugares do mundo estarão presentes pensando no futuro do planeta. É importante lembrar que nosso atual presidente não compareceu à COP 26, alegando compromissos de agenda, mas sabemos que era por não ter plano contributivo para o meio ambiente e essa foi sua fuga.
O Brasil passou os últimos anos negando auxílio à causa ambiental e agora temos a chance de reverter o cenário e reforçar o compromisso com a agenda do meio ambiente.
As últimas eleições trouxeram esperança e líderes mundiais já sinalizam que querem voltar a dialogar com o Brasil em negociações sobre transição climática e ações de proteção ao meio ambiente. Lula, presidente eleito, foi convidado a participar da Conferência da ONU pelo Clima, mesmo antes de assumir o mandato. A importância do Brasil nesse debate é imensa, portanto, reforçamos essa chamada urgente de compromisso do próximo governo com as pautas ambientais. O Brasil finalmente vai voltar ao debate ambiental.
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