Mulheres indígenas escrevem, fotografam, desenham e lançam seu livro

Mãos

No dia 27 de setembro, a ONG Thydêwá lançou o 20° livro da coleção “Índio na Visão dos Índios”. O primeiro título da coleção de autoria colaborativa entre mais de 20 mulheres pertencentes a 08 comunidades indígenas do nordeste; livro que leva o título: “Pelas Mulheres Indígenas” em alusão dupla, pela autoria e pela motivação de empoderar as mulheres na prática de seus direitos.

As mulheres indígenas fizeram fotos e escreveram sobre suas vidas, seus sonhos, sobre ser mulher indígena hoje. O livro conta também com uma Cartilha informativa sobre como prevenir e lidar com casos de violência conjugal. São 64 páginas todas coloridas, que contam também com ilustrações da jovem indígena Tupinambá, Irãny, e de Potyra Tê Tupinambá.

O lançamento ocorrereu no marco da “XIV Caminhada Tupinambá – Em Memória dos Mártires do Rio Curupe”, na Aldeia Indígena Tupinambá Itapoã, em Olivença município de Ilhéus (BA) e contou com a presença de seis autoras.

O livro integra as atividades do projeto “Pelas Mulheres Indígenas” que está implementando uma formação contínua sobre direito das mulheres, com mulheres indígenas de 08 comunidades do Nordeste: Tupinambá, Pataxó Hãhãhã, Pataxó Dois Irmãos e Pataxó Barra Velha, da Bahia, Xokó, de Sergipe, Kariri-xocó e Karapotó Plaki-ô de Alagoas, e Pankararu, de Pernambuco. O projeto está formando diretamente 16  Agentes Multiplicadoras de Transformação Social e pretende alcançar, ao fim de um ano e meio de atividades, 8.000 mulheres indígenas e suas famílias. A formação se dá através de encontros na sede da ONG, em Olivença, e on-line, com a criação de uma uma rede multiétnica, a Comunidade Colaborativa de Aprendizado Pelas Mulheres Indígenas, disponível pelo site.

O projeto foi idealizado pela ONG Thydêwá e conta com o protagonismo das indígenas para seu redesenho e com a parceria da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres da Presidência da República e da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres do Estado da Bahia; e o apoio da rede de Pontos de Cultura Indígena do Nordeste e o Pontão Esperança da Terra, iniciativas apoiadas pelo Ministério da Cultura.

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