Ministra Tereza Campello conversa com adolescentes comunicadores
Na manhã desta quinta-feira (8/8), logo após a mesa de abertura da etapa nacional da 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infanti l, a ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, concedeu uma entrevista coletiva aos 27 adolescentes que realizam a cobertura educomunicativa do evento. Confira o que rolou durante esse bate-papo.
Ministra, você acha que a fome influencia no trabalho infantil?
Antigamente, muitas vezes os pais colocavam as crianças para trabalhar, pois a família passava fome. Havia crianças pequenas trabalhando, sem ir à escola. Hoje em dia, ainda há uma parte destas famílias que são pobres, mas a fome, felizmente, é um fenômeno que nós superamos no Brasil.
Como o governo deve se portar diante da exploração sexual infantil comercial?
A exploração de crianças e jovens é considerada umas das piores formas de trabalho infantil, e esse tipo de situação a gente combate dando apoio e proteção a essas jovens, mas também responsabilizando criminalmente quem as coloca nessa situação. Certamente, as jovens não fazem isso por sua conta e risco. Ações têm sido desenvolvidas no país que envolvem a exploração de jovens nas estradas junto com os próprios caminhoneiros, com os postos de gasolina, com os policiais federais.
É falta de consciência um adolescente querer trabalhar?
É legítimo que o jovem queira construir sua trajetória. Porém, muitas vezes, não tem acesso a informações, ou a um ensino de qualidade, ou a alternativas de trabalho em condições legais que poderiam proporcioná-lo a realização de suas metas.
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Um dia de muita reflexão e aprendizado. Uma grande certeza, temos que erradicar o trabalho infantil no Mundo! Escutei aqui hoje que são cerca de 168 milhões de crianças entre 5 a 14 anos. Um absurdo!