Kimani lança videoclipe de ‘Ora Iê’
A #DicaCultural pro fim de semana é assistir o videoclipe de ‘Ora lê”, de Kimani, uma prece e saudação à ancestralidade.
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Ora Iê é a prece de agradecimento da artista Kimani em seu novo EP. “Fé Refeita”. Totalmente autoral, a obra completa está prevista para setembro deste ano e foi produzida pelo Selo Musical Mandril Audio.
Como em um ritual de passagem poeta-musicista, Kimani – um dos nomes mais comentadas nos palcos de slam – divulga videoclipe para ‘Ora Iê’. Faixa tem clima intimista e é protagonizado pela base de percussão e atabaques, celebrando e reverenciando Oxum, Orisá que representa a força das águas doces, em forma de agradecimento, prece e saudação à ancestralidade.
Você pode ser militante, da luta, do fronte e, ainda assim, ter fé, entender que se é parte do universo e a importância de cultuar os povos que nos amparam e protegem… Sentindo que se é um instrumento do povo que você descende e você tem uma missão para com ele e consigo também. Esse trabalho é o apelo de uma mulher que enxerga suas vulnerabilidades, suas dores, todo o contexto de perdas, instabilidade e desamparo que nosso país tem vivido. Então, se eu puder fazer uma música que traga o mínimo de conforto e esperança para os nossos, eu vou fazer. Ora Iê é minha oração em tempos de seca
Kimani, sobre o lançamento
Para acompanhar esse lançamento, um videoclipe dirigido por Johnny Bolzan traz cenas, em uma zona de preservação ambiental, carregadas de simbolismos. Gravado no interior de São Paulo, em Itupeva, o projeto escolhe cachoeiras, estrada, árvores e mata para refletir sobre missão, existência, espiritualidade, ancestralidade e tudo aquilo que Kimani sente e vê, apontando para um lugar de acalanto. Nas religiões de matriz Africana que celebram Oxum, o culto a esta Orixá é realizado em lugares com água abundante – uma vez que Osun é considerada a rainha das águas doces.
“Ora Iê” é o primeiro single do projeto musical “Fé Refeita”, que contará com o lançamento de mais uma faixa do disco e um documentário, antes do lançamento do EP. completo.

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SOBRE KIMANI
Kimani, vulgo escolhido pela poeta e cantora Cinthya, para competir nos campeonatos de slam – batalhas de poesia falada – que significa ‘menina dócil’.
Nascida no extremo sul de São Paulo, filha de pai interiorano de SP e mãe baiana, ela garantiu a mais cobiçada vaga nesta modalidade de poesia falada: La coupe du monde de slam. O Slam fez de Kimani uma referência na poesia marginal. Emite em seus versos uma mensagem poderosa que estava presa há muito tempo e vem conquistando ouvidos atentos muito afora.
Ela fez do Slam um espaço ainda maior do que o de uma batalha de versos; trouxe verdades que precisavam ser ditas e ouvidas: as mulheres pretas não estão nada satisfeitas com o papel que a branquitude lhe impôs e assim resolveram escrever tudo de novo, com o próprio punho.
Foi por meio da poesia e é também por meio da música que Kimani tem escrito sua trajetória.
Os palcos do SLAM já não cabem mais à Kimani e o spoiler diz que os palcos da música serão seu próximo território conquistado pela menina vinda do Grajaú.

Créditos das fotos: Sérgio Silva
Ficha Técnica Single:
Artista: Kimani
Produzido por Mandril Audio
Produtor Musical: Rodrigo Ramos
Mixagem e Masterização: Bruno Pontalti
Músicos:
Rodrigo Ramos – violão e guitarra
Pedro Michelucci – Bateria e percussão
Johnny Bolzan – programação
Eduardo Bolzan – Mixagem vocal
Gabriel Garone – Harmonização
Graça Cunha – Coaching Vocal
Kimani – Letra e voz
Distribuição: Believe Digital
Selo: Mandril Audio
Ficha técnica Clipe:
Clipe Direção e edição: Johnny Bolzan
Direção de fotografia: Sérgio Silva
Produção executiva: Fernando Ramos
Produção de campo: Fernaun
Maquiagem e figurino: Rudson Motta
Assessoria de imprensa: Bianco Assessoria | Krush Assessoria