Juventude Viva: jovens da Vila Brasilândia promovem intervenções artísticas contra racismo
Da Redação | Fotos: Yara Lima
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Para sensibilizar a comunidade sobre a importância do respeito à diversidade, do enfrentamento ao racismo e da promoção dos direitos juvenis, um grupo de adolescentes e jovens promoveram, na última sexta-feira (10), uma intervenção com diversas ações artísticas e culturais, na Vila Brasilândia.
A atividade, que reuniu mais de 100 pessoas, aconteceu na Praça Sete Jovens. Um local simbólico pra comunidade por se tratar, justamente, do cenário de tristes cenas de violência e homicídio de jovens. Segundo Larissa Marques, uma das organizadoras, a ideia era ressignificar a praça. “Todos nós temos amigos ou conhecidos que morreram aqui. Com essa ação desejamos mudar a rotina, fazendo com que ela seja apropriada pela comunidade novamente”.
Além de apresentação teatral e de dança, rodas de conversa, grafitagem da pista de skate e exposição de lambes sobre a violência contra juventude negra, o evento também contou com a inauguração da mostra fotográfica Diversifica Periferia. Ela traz o olhar da juventude sobre a diversidade e o cotidiano dos moradores da Vila Brasilândia. E quer contribuir para que a comunidade reconheça e valorize a cultura, a história, beleza e a cultura negra que compõe a vida da região.
Para a educadora Elisangela Cordeiro, o encontro foi um momento especial para refletir sobre a questão racial e a diversidade de ser jovem. “A ação possibilitou a vivência de sentimentos de igualdade, solidariedade, parceria e pertencimento. Jovens refletiram e interviram sobre a comunidade da Brasilândia, recriando saberes de experiências semelhantes, mas nunca iguais”, celebra.
A intervenção foi a culminância de um processo de formação com um grupo de adolescentes e jovens, no projeto Agência Jovem de Notícias, promovido pela Viração, com apoio da Coordenação de Juventude da cidade São Paulo, no contexto do Plano Juventude Viva. Também participaram da realização do evento, o Projeto Fliperama. A Rede Nacional de Adolescentes e Jovens pelo Esporte Seguro e Inclusivo (REJUPE) também realizou um conjunto de intervenções contra o racismo no esporte, com apoio do Fundo das Nações Unidas pela Infância (UNICEF).