Fórum sobre trabalho infantil apresenta resultados da campanha “É da Nossa Conta! Trabalho Infantil e Adolescente”
Parceria da Fundação Telefônica Vivo, UNICEF e OIT, iniciativa mobilizou milhares de pessoas em todo o Brasil contra a exploração infantojuvenil
A Fundação Telefônica Vivo, o Fundo das Nações Unidas para Infância e Adolescência (UNICEF) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgarão na próxima segunda-feira, 10, em audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), os resultados da campanha “É da Nossa Conta! Trabalho Infantil e Adolescente”, sobre exploração de mão de obra infantojuvenil no Brasil.
A iniciativa mobilizou milhares de pessoas em todo o Brasil nos últimos quatro meses para reconhecer, questionar, descobrir e compartilhar informações sobre a realidade de milhões de crianças e adolescentes. Diversos vídeos, notícias, eventos, materiais e diferentes estratégias de mobilização foram disseminados nas redes sociais e no site da Rede Promenino, canal oficial da campanha.
Representantes das organizações parceiras estarão presentes para apresentar os resultados das ações, debater sobre a realidade do trabalho infantil e discutir a respeito das políticas públicas para combater esse crime. O evento é aberto a toda a população.
Além dos organizadores, o fórum contará com a participação do deputado estadual Carlos Bezerra Jr., vice-presidente da Comissão Estadual dos Direitos Humanos e líder de seu partido no Legislativo paulista. O parlamentar foi relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, realizada em São Paulo Capital, e autor de leis de combate ao trabalho infantil.
“É impossível erradicar trabalho infantil sem informação. As principais iniciativas internacionais nessa temática confirmam. Por isso, esforços como esses representam uma contribuição importante: colaboram para garantia dos direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente e põem o debate sobre essa violência no topo da agenda do Poder Público, das empresas, do Terceiro Setor e da sociedade civil organizada. Ao fazer isso, sensibiliza o olhar da sociedade e estimula novas ações para responsabilização e acolhimento de vítimas”, afirmou Bezerra Jr.
Já para Sílvio Kaloustian, coordenador do UNICEF em São Paulo, a campanha inovou ao trabalhar fortemente com as mídias sociais e envolver diretamente os adolescentes em sua implementação. “Mais de 3,6 milhões de crianças e adolescentes ainda trabalham no Brasil. Eles são vítimas de uma cultura que aceita e por vezes valoriza o trabalho de meninas e meninos, que por isso têm seu desenvolvimento prejudicado. A solução para o problema passa justamente pela mudança dessa cultura, o que só é possível com o comprometimento de toda a sociedade”, acredita.
Para Gabriella Bighetti, diretora de Ação Social da Fundação Telefônica Vivo, uma das marcas da campanha foi a realização de intervenções urbanas em paralelo às virtuais. “A campanha teve a internet como seu principal meio, mas conseguimos potencializá-la com ações públicas, como caminhadas e distribuição de materiais informativos, em sete capitais do País. O corpo a corpo com o público foi essencial para levar informação a um número maior de pessoas, além de ensinar as formas de combater essa prática.” diz.
Também participarão da audiência os jovens Mike Tavares Pereira e Stephanie Modesto Pereira, integrantes do grupo de adolescentes e jovens comunicadores mobilizados pela Viração Educomunicação. As organizações Aprendiz, FEPETI, CEATS, Casa Redonda, Ponto Cego, Komuniki, Otagai e Mauricio de Sousa Produções também apoiam a campanha.
Sobre a Campanha
Colaborativa, a campanha convida a sociedade civil a se tornar agente multiplicadora, produzindo e compartilhando informações nas redes sociais abertas. Também conta com a Rede Promenino – Fundação Telefônica como fonte de conteúdo qualificado com informações, vídeos, notícias e rede social. Fora a ação nas redes sociais, a campanha esteve nas ruas de sete capitais com mobilizações realizadas por adolescentes e jovens para a erradicação do trabalho infantil e regularização do trabalho do adolescente. As capitais foram São Paulo, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Salvador, Teresina e Belém.
A campanha criou quatro passos para a sensibilização e mobilização social:
– reconheça situações de trabalho infantil e adolescente a sua volta;
– questione o contexto em que acontece o trabalho infantil e adolescente;
– descubra as ações cotidianas que estão ao seu alcance para ajudar a erradicar;
– compartilhe atitudes, pensamentos e informações para expandir a campanha.
Para mais informações sobre a campanha:
Informações sobre a audiência:
Horário: 15h às 18h
Endereço: Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
Auditório Teotônio Vilela | 1º andar
Avenida Pedro Álvares Cabral, n. 201 – Ibirapuera
Mais informações: (11) 3886 6088