Em tempos de guerra, amar a vida é a melhor solução
Como as guerras em pleno século XXI estão afetando a vida de milhares de jovens e adolescentes ao redor do mundo? Nesse artigo, vamos refletir sobre como recriar esse cenário pelo olhar da inclusão.
Por Mariana Nunes Santos Gomes
–
Em tempos de guerra, a frase de Loyane Nikita:
Façamos amor e não guerra!
Esse é um dos sentidos principais que todo ser humano deve seguir para lidar com as assombrosas guerras e estados de calamidade. Com a declaração de guerra da Rússia para a Ucrânia, passamos a pensar automaticamente nas vítimas que sairão dos seus países de origem, que deixarão as suas marcas e raízes nos campos dominados pela pólvora das bombas de guerrilha.
Temos inúmeros problemas sociais e emocionais que cercam todos os territórios e que, inevitavelmente, assolam a vida da juventude:um desses problemas são as meninas e mulheres violentadas e muitas vezes deixadas nas fronteiras dos países, esquecidas e sem o apoio de entidades e governos.
Com uma breve pesquisa na internet, acessamos uma lista com inúmeras guerras que a humanidade enfrentou ao longo da sua existência. Basta clicar nessa lista do Wikipédia para ver que os confrontos vêm desde a Antiguidade até hoje. Refletir sobre isso nos desperta as seguintes reflexões:
Quantas vidas foram perdidas? Qual a realidade da saúde mental em territórios sob conflitos ideológicos e territoriais?
Se pensarmos na quantidade de traumas gerados, nas lembranças dos momentos de conflitos e da xenofobia, chegamos até a questionar se existe como manter a saúde mental nesses momentos.

Saúde
A busca por ter saúde e preservar suas vidas são algumas das maiores preocupações dos exilados que saem dos países e se abrigam em seus vizinhos. Os conceitos de vida e luto marcam esses momentos, e na maioria do tempo não se pensa sobre a saúde mental dessas pessoas.
As próximas gerações sofrerão não só com os conflitos, mas também com resquícios das ameaças de agora nos olhos dos seus parentes e amigos que passaram por todas essas situações. Entretanto, para cuidar de problemas emocionais, a psicoterapia continua sendo a “arma” mais próxima e útil ao acolhimento do sujeito, dos seus medos e traumas.
A ONU segue orientando que o mundo acolha e apoie a migração dessas pessoas que, além de sofrerem com a guerra, sofrem também com as endemias e estão expostas ao Coronavírus.
Superação
Superar a guerra passa por dois caminhos: o acolhimento e o cultivo da esperança em dias melhores. Os que saem em busca de um novo lar devem trabalhar seus sentimentos e sensações de vida; reconstruir nunca é uma tarefa fácil. O processo de reconstrução é gradual, e precisa ser acompanhado de perto por profissionais da saúde.
Cabe a nós, que estamos “de fora”, em especial à juventude, a missão de acolher aqueles que precisam de um lar agora. O Brasil é conhecido como um país acolhedor, mas tem profundas marcas históricas.
É um papel de cidadania e de construção social. Cabe a nós também pensar sobre o futuro que deixaremos para os nossos filhos e netos, para as futuras gerações. Alguns mesmos erros foram cometidos inúmeras vezes, e sabemos que temos provas suficientes para fazer uma nova história, de um jeito diferente, mais próxima ao ideal da vida humana com paz e com estabilidade emocional.

–

1 Comment
Os refugiados lutam pela sobrevivência abandonando sua terra natal e muitos em período de luto! Muitos nem tiveram tempo de prepararem uma mochila, o tempo era tão curto, que sair com vida de onde moravam, naturalmente foi o mais importante! O emocional deles, guarda analogia a Sindrome de Bournout, que em comum carregam tortura psicológica que faz com que a própria história ao ser lembrada, se torne como a lembrança da história de um conhecido! Trabalhei com ex-combatentes entre as décadas de 80 e 90, onde o mais extrovertido, falava sobre tudo, exceto o período da Segunda Guerra Mundial, em que atuou!