Covid e o impacto no efeito estufa

Quais as consequências do isolamento social e dos famosos “lockdowns” quando olhamos para as mudanças climáticas? 

Por Luís Miguel da Costa

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A pandemia mundial da Covid-19 mudou a forma como nos comportamos, estabelecendo protocolos de segurança a fim de poupar o máximo de vidas possíveis enquanto aguardamos a vacinação.

Mas quais as consequências do isolamento social e dos famosos “lockdowns” quando olhamos para as mudanças climáticas? 

Zhu Liu e seus colaboradores apontam que houve uma redução nas emissões de CO₂ para a atmosfera em 2020 quando comparado a 2019, alcançando cerca de 7% de redução. Outro grupo de pesquisa também relatou um decréscimo nas emissões deste gás na atmosfera e que o período onde houve essa redução coincide com o período onde foram tomadas medidas severas para conter a disseminação do vírus em países como Espanha, China e Itália por exemplo.

A hipótese principal levantada por estes e outros pesquisadores é de que com a implementação do isolamento e de fechamento de ambientes físicos de trabalhos não essenciais, o trânsito de carros e de outras fontes de emissão de CO₂ diminuíram, levando à queda da concentração de CO₂ na nossa atmosfera. Contudo, essa redução é artificial.

De acordo com as matérias publicadas pela revista National Geographic e pela Organização Mundial de Meteorologia, as mudanças climáticas são um problema cumulativo, e essa redução momentânea na emissão devido ao isolamento social, apesar de ser bem vinda, não é a solução para um problema como este, principalmente por ser consequência de uma política de curto prazo cujo o objetivo não é mitigar o efeito estufa. 

Medidas de médio a longo prazo devem ser implementadas, além de mudanças na cadeia de produção visando a produção sustentável. Só assim estaremos combatendo de fato o problema cumulativo que são as mudanças climáticas.

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