Informação da juventude dirigindo a mudança

Texto por Domenico Vito.
Traduzido por Jéssica Rezende.

Katowice, 5 de Dezembro. A mudança climática requer um forte engajamento público a ser enfrentado e, portanto, uma divulgação em massa de informações é importante para promover conscientização. Mas, como isso pode ser possível quando algumas questões relacionadas à mudança climática parecem ser catastróficas e seus efeitos levam a notícias infelizes? E como a juventude pode contribuir para transmitir mensagens positivas relacionadas à mudança climática?

Durante o evento paralelo “Workshop de Formação de Jovens na COP24 – Jornalismo Construtivo como forma de iniciar ações positivas”, realizado pela YRE (Young Reporters for Environment), enfrentamos a questão de como comunicar a mudança climática de forma proativa e como os jovens podem fazer a diferença no relato de maneira construtiva.

Junto com dois repórteres ambientais, entramos no exemplo, problemas e soluções para comunicar a mudança climática por meio do jornalismo juvenil. A sessão foi realizada como um “Diálogo Talanoa”: após os discursos principais, foram formados alguns grupos de discussão sobre várias questões temáticas.

Como a mídia cobre as notícias sobre as mudanças climáticas? Quais são as histórias que podem encorajar ou desencorajar as pessoas a agir? Vários elementos surgiram depois de um confronto entre participantes de diferentes países. Às vezes, a mudança climática não tem o seu espaço na mídia, às vezes é negligenciada ou apresentada de maneira catastrófica – o que leva as pessoas a se assustarem psicologicamente e a negar o problema.

O ambiente é enganado muitas vezes pelo clima e, frequentemente, não há referências à urgência da ação. Ao invés disso, a alternativa seria apresentar soluções ou contar as histórias das comunidades que adaptaram ou suavizaram os efeitos climáticos. Isso levaria os ouvintes a se identificarem como agentes ativos que podem efetivamente combater as mudanças climáticas.

Também foi apontada a necessidade de conectar informações científicas e os possíveis impactos à saúde que as mudanças climáticas podem ocasionar. Neste cenário, os jovens podem ter um grande potencial para atuar como “repórteres construtivos” de ações relacionadas às alterações do clima – usando ferramentas como as mídias sociais, tradicionais e vários outros meios de comunicação.

Deveria ser importante para eles promover informações justas e de múltiplas fontes, contando os fatos como realmente são – sem deixar que o medo de não serem populares atrapalhe. Além disso, os jovens podem explorar “redes peer-to-peer”, o engajamento dos amigos e a mobilização da sociedade para reivindicar seu futuro e fazer parte da solução. A informação e a conscientização são os elementos-chave da ação sobre a mudança climática e a juventude tem o poder em suas mãos para serem proativos e construir hábitos justos e positivos para comunicar a mudança climática.

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