COP20 – Conheça o próximo presidente
Por Bruna Souza, da Delegação Jovem do Brasil na COP19*
No começo desta semana, tivemos uma rápida coletiva com o próximo presidente da COP, Manoel Pulgar-Vidal, que é também advogado e diretor executivo da sociedade peruana pela Lei Ambiental na Pontifícia Universidade Católica do Peru e da Universidade Peruana de Ciências Aplicadas. O encontro começou com ele agradecendo pela escolha, dando-nos a garantia de que fará o máximo que puder para fazer algo diferente para a COP de Lima, embora reconheça que isto seja um grande dilema e um grande paradigma, por todo o contexto do momento. Reconhece também que será difícil que alguma coisa seja decidida por lá, já que é uma COP de transição e que tudo é um processo que tende a ser encerrado em Paris, na COP21.
Ele respondeu a várias perguntas quanto à importância da próxima COP e acreditação para ONGs e sociedade civil, mesmo que ele não tivesse essas informações, porque tudo está muito cru e vago quanto à organização e produção desta Conferência, dizendo que sua pretensão é não excluir ninguém. Toda a conversa foi bastante amistosa, já que o ministro Pulgar-Vidal disse realmente acreditar na diferença que essa COP em Lima pode trazer.
Quando questionado sobre o que ele pensava sobre os outros negociadores parecerem ignorar a COP20 e começarem a fazer planos para a que será sediada em Paris, na França, ele afirma: “Lima está no meio da corrente”, mas que se ele de fato não acreditasse que a COP na América-Latina fosse mudar alguma coisa, ele não concordaria em fazê-la e vai se esforçar para mostrar algo a mais. Como mandato para a próxima COP, está o acordo de 2020.
Ele afirma ainda que o valor de uma COP é de, em média, 18 milhões de dólares e que pretende tirar 70% deste valor de um fundo público de alianças cooperacionais internacionais. Se O que nos foi bastante contraditório, pois o discurso dos representantes da sociedade civil do Peru foi outro: eles disseram que deste fundo, só tirarão 10% do valor descrito.
Ficaram ainda diversas questões em aberto, pelo pouco tempo que tivemos, mas uma coisa é certa: estaremos de olho para conferir de perto, inclusive, se o ministro, a sociedade civil, incluindo os jovens e claro, os negociadores, farão uma COP memorável, como desejamos.
*A Delegacão Jovem do Brasil na COP19 é composta pelas organizações:ViraçãoEducomunicação, Engajamundo, AliançaMundial das ACMs e FederaçãoLuterana Mundial