Comunicação Não Violenta: experimentando novos caminhos
Os conflitos fazem parte da história da humanidade e acompanham o ser humano desde que ele passou a viver em grupos. Mas é possível transformar esses conflitos, choques de opiniões e discordâncias em algo positivo e transformador. É preciso abaixar as pedras que estão em nossas mãos, lembrar que todos possuem seu telhado de vidro e reaprender a dialogar e reconhecer o outro como alguém que possui uma história (e uma opinião) que merece respeito.
O diálogo é uma ferramenta poderosa e que está acessível para todos! Dialogar é a arte de ouvir com atenção e expressar suas opiniões e ideias com consciência de que um outro, diferente de você, com outras vivências e experiências de vida, está ouvindo.
Se ouvir é algo que precisamos aprender para criar verdadeiros diálogos, também precisamos aprender a nos expressar. Porque se tem muita gente fingindo que ouve, tem também muita gente abrindo a boca pra falar coisas que são mesmo difíceis de escutar. E não é só a dificuldade de quem sempre se esquiva da conversa, o que existe de fato, mas dificuldade de compreender e estar aberto a afirmações vagas, confusas, ofensivas, cheias de julgamento. (Veja quais são os princípios do diálogo aqui)
A Comunicação Não Violenta (CNV) é uma abordagem que nos possibilita construir outro tipo de comunicação. Desenvolvida pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg, a CNV é uma abordagem específica que envolve falar e ouvir de forma a gerar maior conexão entre as pessoas. Ideias e técnicas que funcionam como ferramenta para construir uma comunicação com mais empatia e mais compaixão.
No Brasil, o psicólogo Frederico Mattos, se aprofundou e incorporou essa abordagem em seus trabalhos e em sua vida. Segundo ele, a CNV nos convida a entender nossas emoções, valores e necessidades, comunicando de forma precisa e atenta, sendo, portanto, um caminho para uma comunicação mais eficiente. Ele explicou tudo em uma série de vídeos para o #Imaginavc, olha só:
Pensamos em formas de resolver, minimizar e até mesmo evitar o conflito. Mas é preciso reconhecer que ele tem aspectos muito positivos: nos coloca em movimento e nos leva a criar coisas novas. Basta mudar a forma como lidamos com ele, transformar os conflitos de uma situação de confronto e possivelmente violenta para uma situação de criação e aprendizagem.
Vivemos em uma sociedade múltipla, com grande diversidade de ideias e opiniões, em que conflitos vão acontecer. E vão acontecer aos montes. Se pudermos dialogar com essa diversidade, abraçando a riqueza de possibilidades que ela nos traz, poderemos cada vez mais criar novos caminhos para convivermos como sociedade. Caminhos em que os diversos interesses – experiências de vida e visões de mundo – são considerados, em que nenhuma pessoa e opinião é desprezada. Uma sociedade que se movimenta, sem deixar ninguém pra trás. Imagina só! Talvez o diálogo seja o caminho mais claro para mudar a forma como vivenciamos os conflitos. Não é fácil, mas certamente vale a tentativa de buscar espaços para colaboração e para uma convivência mais harmoniosa.
Vamos tentar e experimentar? Para isso convidamos você e seus amigos para jogar o #TRETA, um jogo para vivenciar uma situação de conflito e buscar novos caminhos e soluções junto com os outros jogadores. Reúna a galera, a família e quem mais quiser jogar, vai ser divertido e juntos vocês vão encontrar a melhor maneira de resolver um conflito! Está tudo online e gratuito para baixar, é só clicar aqui.
2 Comments
Grandes ensinamentos nessa postagem. Obrigado por compartilhar.
Valeu, Márcio!
Achamos que você também vai gostar dessa outra matéria da AJN sobre direito humano à comunicação: https://goo.gl/KIxNOZ
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