Como ficam os direitos humanos durante mega eventos?

| Nathalia Henrique, colaboradora da AJN na Rio 2016

Quando vamos dar uma festa em nossa casa organizamos os móveis limpamos a sujeira. Se o tempo for curto, jogamos para baixo do tapete o incômodo, porque sujeira que está por baixo ninguém vê.

Do dia 5 até o dia 21 de agosto desse ano, recebemos a festa das Olimpíadas em nossa casa. Todos os olhos estavam voltados para o nosso leito e visitantes de toda parte do mundo estavam aqui.

Mas onde estão as crianças nos Jogos Olímpicos?

Eventos de grande porte como esse são ambientes que aumentam as ocorrências de violações dos direitos desse público. As principais relações observadas nesses períodos são: trabalho infantil; exploração sexual infanto-juvenil; crianças e adolescentes em situação de rua; uso de álcool e outras drogas; e crianças perdidas ou desaparecidas.

A responsabilidade da garantia dos direitos delas também é nossa?

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O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – Lei n°8.069, de 13 de julho de 1990 –, aponta que respeitar, proteger e garantir os direitos da criança e do adolescente é responsabilidade do Estado, da família, da comunidade e de toda a sociedade.

Por isso, o Game – Grupo de Apoio a Mega Eventos foi criado em 2014 para apoiar a garantia dos direitos humanos durante a Copa do Mundo no Brasil. Integrado por pessoas de todo mundo, África, Itália, Uruguai, Argentina, Peru, Romênia e Brasil. Na Rio 2016, ele atuou novamente com intervenções artísticas, abordagem pessoal e reuniões em parques  que divulgaram o Serviço de Denúncia da Violações do Direito Humanos, acessado através do número 100 (número com abrangência nacional, ligação gratuita e anônima) e através do aplicativo Proteja Brasil.

Os mega eventos se encerram, mas sabemos que nossas problemáticas sociais continuam. Precisamos continuar a luta de respeitar, proteger e garantir os direitos, com cidadania.

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