Canto Baobá faz parte da rede de colunistas da AJN
O grupo especializado em saúde mental se soma à rede da Agência Jovem em 2022, com colunas mensais tratando sobre diversos temas e debates importantes para as juventudes. Nesse texto você conhece um pouco mais sobre o Canto Baobá.
Acreditamos no acesso ao cuidado com a saúde mental, democratizando a psicoterapia e disseminando conhecimento e informação.
Por Juliana Ribeiro, do Canto Baobá
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Olá, juventude da rede Agência Jovem de Notícias!
Aqui é o Canto Baobá. Antes de tudo, e de conversarmos durante esse ano e os próximos que virão dessa parceria que é tudo para nós, sentimos que vale a pena nos apresentarmos. Esse ano, fomos convidades pela Viração para somar com uma coluna por aqui. Já adiantamos que estamos muito felizes e honrades com esse convite que foi aceito de cara.
Ser colunista é chique demais, não é mesmo?!
Brincadeiras e agradecimentos à parte, o Canto Baobá é um Espaço especializado em saúde mental fundado em Dezembro de 2019 por dois Psicóloges que pensaram em fazer da psicologia clínica pertencente ao Brasil. Ana Albuquerque e Douglas Felix pensaram no Canto como uma clínica pautada no cooperativismo. Hoje, nós nos estruturamos em outras áreas de atuação na psicologia, que explicaremos no decorrer desse texto.
Mas o que é o cooperativismo na saúde mental?
Inicialmente, o Canto Baobá possuía a missão de democratizar o acesso à psicoterapia para a população à qual também pertencemos: pretes e LGBTQIAP+. Sendo assim, atuávamos com valores sociais para apenas essa parcela da população ou pessoas que viviam em situação de vulnerabilidade social.
Com a pandemia, entendemos que precisávamos ir além de ser uma clínica que luta contra as violências estruturais, e adotamos o sistema de cooperativismo na saúde mental: única forma que vimos, e ainda vemos, de conseguir atender a todes de forma justa, ética e com base na equidade.
O cooperativismo consiste em dividir os valores por sessão. E fazemos da seguinte maneira: quem passa conosco e consegue custear a sessão com valores próximos ou sugeridos pelo Conselho Regional de Psicologia, nos ajuda a atender pessoas que estão em situação de vulnerabilidade socioeconômica e que, muitas vezes, conseguem custear de forma simbólica ou gratuita.
Assim, conseguimos atender quem precisa e não poderia pagar e conseguimos viver da psicologia clínica, pagando nossos boletos (o que é importante pensando que vivemos no sistema capitalista) e fazendo o que achamos correto.
É nós por nós. E atualmente, contamos com diversos profissionais parceires que, assim como Ana e Douglas, pensam da mesma forma! Somos 26 psicóloges, que atendem mais de 750 pessoas semanalmente de todo o Brasil e brasileires que moram no exterior. Dessas 750 pessoas, mais de 100 passam por valores simbólicos. Isso é possível por conta do cooperativismo, do afeto, do carinho e do cuidado que lutamos todos os dias para mantê-lo.
Nossa clínica é o nosso “carro chefe”! Mas como falamos lá em cima, não somos mais apenas uma clínica. Nos definir como um espaço especializado em saúde mental e diversidade, com ênfase no enfrentamento às violências estruturais nos fez atuar em outras frentes, com o objetivo de disseminar conhecimento e pensar em uma saúde mental que conversasse de fato com o cenário social, histórico e político brasileiro.
Somos plurais. A sociedade é, por mais que se configure em padrões binários, cis e hétero. E em nossas atuações, prezamos pela diversidade, por uma comunicação aberta, pela equidade de gêneros e pela quebra desse cistema que tanto nos aprisiona em nosso modo de ser.
Vamos falar sobre atuação nas empresas?
Desde a nossa fundação, atingir o ambiente corporativo era um desafio por diversos motivos. O primeiro que podemos citar é a forma com que muitas vezes esse ambiente vem sendo sustentado. O segundo é que não atuamos de forma convencional, rs.
Somos profissionais da saúde mental. Sendo assim, não faria sentido trazer uma visão médica clínica dos assuntos que geralmente são abordados nas empresas. Falar sobre setembro amarelo, por exemplo, para nós vai além de dialogar o que é o suicídio. Entendemos que existem diversos fatores sociais e históricos que fazem com que uma parcela da população seja mais afetada mentalmente e, nas empresas, nosso objetivo é sempre trazer uma visão ampla dos papéis de gênero, raça e classe para cada atuação.
No meio do caminho, encontramos empresas com a mesma vontade que a nossa! E que, entendendo nossa proposta, abriram as portas para que pudéssemos atuar da forma que somos. Somamos, portanto, de forma colaborativa com empresas por meio de palestras, workshops, talks, mentorias, psicoterapia para us colaboradores, suporte para implementação de setores de diversidade e inclusão, rodas de conversa e demais ações psicossociais.
Já acabou, Canto Baobá?!
Não!
Estamos, aos poucos, pensando em novas formas de disseminar conhecimento. E mais para frente vocês saberão um pouco mais sobre nossas ideias e atuações. Vocês saberão em breve por aqui e pelas nossas redes sociais!
Para quem ainda não nos acompanha por lá, iremos deixar aqui embaixo, tudo bem?
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Um grande abraço da nossa Árvore da Vida!
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