Campanha “É da nossa conta! Trabalho Infantil e Adolescente” tem lançamento regional em Salvador

Construída de maneira colaborativa, projeto da Fundação Telefônica Vivo em parceria com o UNICEF e a OIT busca conscientizar e alertar a sociedade sobre o problema

Atualmente, mais de 3,6 milhões de crianças e adolescentes trabalham no Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios(PNAD)/IBGE 2011. Para chamar a atenção sobre esse grave problema social, será lançada no dia 14 de novembro (quarta-feira) em Salvador a campanha “É da nossa conta! Trabalho Infantil e Adolescente”, uma iniciativa da Fundação Telefônica Vivo em parceria com o Unicef e a OIT (Organização Internacional do Trabalho).  A campanha pretende dar visibilidade ao tema e sensibilizar os diversos setores da sociedade civil para a responsabilidade de todos na questão.

No período da manhã, o Colégio Dalva Matos (Rua Aterro Joanes, s/n – Lobato) promoverá a exibição do filme “Crianças Invisíveis”, seguido do fórum de debates que contará com a participação do Coordenador Nacional do IPEC – Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil da OIT, Renato Mendes; da analista de projetos da Fundação Telefônica/Vivo, Camila Aragon; e de jovens que participarão da formação.  Já na parte da tarde, a comunidade do Subúrbio Ferroviário de Salvador vai conferir a sessão de grafite com o tema do trabalho infantil. Durante todo o dia, jovens do projeto Agência de Comunicação do Subúrbio da CIPÓ – Comunicação Interativa realizarão cobertura fotográfica e audiovisual do evento e inserção de conteúdos nas redes sociais.

A campanha busca sensibilizar e potencializar a ação de diversos públicos por meio de materiais de comunicação específicos, incluindo crianças, adolescentes, jovens e especialistas no assunto, para que a sociedade civil como um todo possa reconhecer situações de trabalho infantil, além de saber os caminhos para contribuir com sua erradicação.

O mote “É da nossa conta”! chama atenção para o aspecto da co-responsabilização da sociedade civil e do Estado na garantia dos direitos da infância e da adolescência. Para Renato Mendes, Coordenador Nacional do IPEC – Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil da OIT, o ponto principal do projeto é levar a informação ao público. “A importância da campanha é trazer para perto da temática o cidadão comum para que o mesmo não veja com naturalidade o trabalho infantil, tenha indignação e entre na luta contra”.

A campanha “É da nossa conta! Trabalho Infantil e Adolescente” foi lançada em outubro em São Paulo e segue até o final do ano com mobilização nas redes sociais e nas ruas das principais  cidades do país. Entre as ações estão a veiculação de vídeos com Daniela Mercury, embaixadora da Unicef, e Wellington Nogueira, fundador e coordenador geral da ONG Doutores da Alegria, e a distribuição de gibis feitos pela Maurício de Sousa Produções especialmente para a campanha. Também serão realizadas formações com adolescentes sobre o trabalho infantil e a produção, com os jovens, de materiais impressos e conteúdos para a internet sobre a temática.

Trabalho Infantil

A legislação brasileira não permite que crianças e adolescentes trabalhem até os 16 anos, exceto na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. Entre 16 e 18 anos, algumas restrições são impostas: o trabalho não pode ser executado em horário noturno ou em períodos que comprometam a frequência escolar, não pode ser perigoso, insalubre ou penoso e nem pode ser exercido em locais prejudiciais ao desenvolvimento físico, psíquico, moral e social do adolescente.

A situação do trabalho infantil é mais grave nas regiões Norte e Nordeste, que concentram mais de 1,7 milhões de crianças e adolescentes trabalhadores, de acordo com a PNAD/IBGE 2011. A Bahia, segundo última pesquisa do PNAD, é o terceiro estado com o maior número de crianças e adolescentes de 10 a 17 anos ocupadas, com o número de 290.636 crianças e adolescentes em situação de trabalho, ficando atrás, apenas de São Paulo (com 553.912) e Minas Gerais (com 349.994). O número de crianças e adolescentes ocupadas na Bahia corresponde 13,5% do total de crianças e adolescentes de 10 a 17 anos existentes no Estado. Percentualmente a Bahia é o 10º Estado do Brasil no que se refere a índice de trabalho infantil. Se considerarmos a região nordeste, a Bahia lidera o ranking, tanto em números absolutos quanto em percentual.

A secretária executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), Isa de Oliveira, explica que os diversos setores da sociedade têm responsabilidade para o combate do trabalho infantil. “Há segmentos da sociedade que podem contribuir diretamente. Por exemplo, educadores, profissionais da saúde, a família e a mídia”, afirma.

SERVIÇO:

Mobilização Campanha “É da Nossa Conta! Trabalho Infantil e Adolescente”

Data: 14 de Novembro (quarta-feira)

Local: Colégio Estadual Dalva Matos (Rua Aterro Joanes, s/n – Lobato) das 8h às 12h.

MAIS INFORMAÇÕES:

– CIPÓ Comunicação Interativa

Contato: Nilton Lopes- Coordenador Núcleo de Incidência Política (71-3503-4477/ 8207-7571)

E-mail:  nilton@cipo.org.br

– Site: www.promenino.org.br

– Viração Educomunicação

Contato: Amanda Proetti – Coordenação executiva da campanha (11- 3567 8687)

E-mail:  amanda@viracao.org

– Fundação Telefônica

Contato: Realização da campanha – Assessoria de Imprensa: Aline Boniolo (11- 3035-1971)
Email: aline.boniolo@grupomaquina.com

– Secretária Executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI)

Contato: Isa de Oliveira (61- 3273-9826)

 

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