Agência Na Ilha lança o seu Primeiro Fanzine em um evento marcado pela Potência Juvenil

A agência na Ilha que é um projeto criado pelo programa Chama na Solução 2022 do UNICEF com a implementação da Viração Educomunicação lança o seu primeiro material que tem como objetivo propagar informações socioambientais em seu território Ilha do Bororé/SP

Por Gustavo Souza

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No último dia 27 de outubro aconteceu o lançamento da Agência Na Ilha e da sua primeira produção, uma edição de Fanzine impresso e também digital. O material relata sobre os impactos socioambientais no território onde o projeto educomunicativo acontece: a Ilha do Bororé. O evento contou com a participação da juventude local, representantes das instituições que atuam na Ilha e também muita música. O lançamento foi marcado pela representatividade jovem e o impacto do trabalho de comunicação feito pelos participantes. 

A Agência Na Ilha foi criada e implementada a partir de um programa global do UNICEF juntamente com a Viração Educomunicação – O Chama na Solução. O intuito da edição 2022 do projeto foi mobilizar, apoiar e impulsionar a construção coletiva de projetos para a conscientização e preservação do ambiente.

A Agência Na Ilha foi idealizada por por jovens da Escola Estadual Adrião Bernardes, e  tem como objetivo mapear e divulgar informações sobre os impactos socioambientais que afetam os territórios do Grajaú, extremo sul da capital paulista, com ênfase na Ilha do Bororé, por meio da criação de uma agência de comunicação colaborativa. 

O processo de implementação começou com formações sobre temas da comunicação abertas à comunidade. Nesses encontros, foram discutidas práticas de reciclagem e consciência ambiental, formas de mobilizar a comunidade em torno de ações de ativismo comunitário e técnicas de produção de comunicação – um ciclo formativo pensado também para pressionar e exigir do poder público a criação e implementação de políticas públicas que possam responder às urgências locais.

O primeiro material produzido pela agência foi o Fanzine, intitulado “O fardo que não é 100% nosso”. A narrativa adotada aponta a pressão sofrida pela juventude, que vem sendo convocada para ‘resolver’ os problemas ambientais, mesmo sem ser a principal responsável pela degradação. 

Mesmo não estando na linha de frente para essa degradação ambiental, a juventude deve olhar para a crise ambiental com persistência – somos a última geração que pode mover ações para a preservação de ambientes naturais ricos como a Amazônia.

O evento de lançamento do Fanzine contou com a presença de jovens participantes da Agência na Ilha, pessoas da comunidade importantes para Ilha do Bororé, como é o caso da artista Carolina Clasen representante da FAU/USP que ressaltou para a juventude a importância de espaços como o território em que vivem:

“Devemos preservar o território e representar ele da forma que é, porque pelas lentes do centro eles inventam qualquer coisa sobre aqui mas para quem vive na Ilha pode contar com prioridade o espaço rico e diverso que vocês vivem, e a partir disso relatar a importância de espaços de construção e conscientização como este.”

Carolina Clasen

Os jovens participantes do projeto estavam emocionados com o resultado do primeiro trabalho e com a repercussão que sua produção ganhou. A partir do ano que vem, a escola Escola Estadual Adrião Bernardes passará a incorporar o ciclo formativo da Agência Na Ilha na grade escolar. A diretoria da unidade anunciou a novidade ressaltando a importância dos jovens, principalmente os mais afastados do Centro da cidade, terem acesso a saberes sobre como produzir informação, e de serem responsáveis por discutir as questões que os afetam, citando a Educomunicação como o principal caminho para uma educação transformadora. 

Os jovens da Agência Na Ilha também deram seus depoimentos e destacaram o que mais te marcaram no projeto:

“A minha evolução como jovem e cidadã nesse projeto foi grande, o sentimento de contribuir para evolução do espaço em que nasci e vivo até hoje é gratificante”

Karoline Dias

A troca de conhecimento e a conscientização que o projeto trouxe me marcou, hoje ter a ideia da riqueza, do patrimônio local em que vivo me faz olhar pra ele e pensar formas de preservá-lo mais ainda”

Phillipe Mendes

O coordenador do projeto Jaison Pongilupp ou como mais conhecido “Jai”, contou um pouco sobre a importância de espaços como a Agência para a juventude:

“Estamos falando de um espaço de comunicação de jovem pra jovem, a riqueza de levar informação sem ser pela mídia tradicional faz com que o jovem produtor se sinta reconhecido e o jovem receptor se identifica com o conteúdo, num cenário como esse que estamos vivendo hoje onde a juventude não tem o real valor que merece essa troca de saberes é fundamental para evolução dos jovens” 

Jaison Pongilupp

É importante ressaltar espaços/projetos como estes que auxiliam os jovens a construírem suas próprias percepções dentro de contextos em que vivem, sendo eles mesmo construtores e produtores desses espaços, te convidamos para ler o Fanzine da Agência na Ilha para conhecer um pouco mais da Ilha do Bororé e também siga-os me sua rede social

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