A PARTICIPAÇÃO DO JOVEM NA POLÍTICA
O atual contexto social e político do Brasil e como ele contribui para a falta de busca em participar das eleições gerais do país. Tomar parte do processo democrático revela o real desejo de começar a construir e buscar um país melhor e com mais oportunidades. O ato de participar da votação nas eleições gerais do país não se dá apenas em comparecer às urnas dia 2 de outubro, mas ele se evidencia, na verdade, na busca por fatos e informações
Por Maria Eduarda Grolli
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Aristóteles afirmou que “O homem é um animal político”. Porém, com a atual situação política do Brasil, viu-se em 2022 o menor número de jovens de 16 e 17 anos buscando o seu direito de exercer a cidadania. Participação essa que tornou-se facultativa para menores de idade em 1988. Nesse ano, estima-se que apenas 10% dos jovens aptos ao voto já tiraram seu título de eleitor, tal marca é a menor em três décadas.
Alguns especialistas apontam o envelhecimento de líderes e a desconfiança do sistema político como os principais fatores para a baixa procura em participar da predileção política. Em contrapartida, nos últimos anos vimos a intensa manifestação dos jovens nas redes sociais no que diz respeito ao contexto social e político do país. Mas é preciso lembrar que não é só pelos protestos que ocorre a transformação política; a mudança acontece também pelo voto. Tomar parte do processo democrático revela o real desejo de começar a construir e buscar um país melhor e com mais oportunidades.
O fato de quê a política é deixada à mercê de uma geração que é se considera “mais experiente”, mas que mesmo assim permite que políticos permaneçam até 20 anos no mesmo cargo, fazendo que a juventude não se identifique como parte da democracia do país, deve sim ser um motivador para a entrada da juventude na política, não só como eleitora, mas também na candidatura, essa que servirá inclusive para abastecer o desejo dos jovens em comparecer às urnas.
É importante que os jovens se incluam quanto antes no ambiente da política partidária, para que assim possam buscar a sua realidade e o amadurecimento de caráter. O ato de participar da votação nas eleições gerais do país não se dá apenas em comparecer às urnas dia 2 de outubro, mas ele se evidencia, na verdade, na busca por fatos e informações, a fim de conhecer o candidato que defende aquilo que você julga ideal para a nação, sem deixar que a polarização interfira nessa escolha. Faz parte desse dever, ainda, acompanhar os próximos 4 anos e conferir o cumprimento das propostas.
Vale lembrar que o título eleitoral pode ser obtido no site do TSE ou em cartórios, até o dia 4 de maio. O cidadão que possui o direito de votar e não o coloca em prática, está disposto a permitir que os outros decidam por ele.
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