A mídia, a política e o consumo de informação pela juventude brasileira

Por Lucas Messias | Fotos Lucas Messias

É evidente que no cenário atual o jovem tem importância na política, seja como eleitor ou participante de diferentes iniciativas. Com isso, cada vez mais a mídia e as próprias instituições políticas se adaptam para conversar com essa geração.

A jornalista francesa Manon Paulic e o professor de comunicação da Universidade Federal da Bahia, Wilson Gomes, que participaram nessa quarta-feira (15) do seminário “Jornalismo, as novas  configurações do quarto poder”, promovido pelo Sesc Vila Mariana e pela revista Cult, falaram com a Agência Jovem sobre o tema.

Manon, questionada sobre a relevância e participação dos jovens na mídia no contexto europeu, responde que eles consomem muita informação, compram jornais e têm interesse. Segundo a jornalista, os jovens sabem que “fakenews” é algo recorrente, por isso recorrem a fontes confiáveis. Manon deixa em evidência que isso é uma questão de educação e que também é preciso ter cuidado, saber o que ler, e reforça “os jovens de hoje consomem muita informação”.

Já Wilson Gomes comentou sobre a falta da presença jovem na política no passado, mas acredita que hoje os jovens estão mais presentes. O professor não se posiciona sobre a questão de ser positiva ou não essa participação. “É difícil afirmar diretamente, afinal de contas existe a possibilidade de esses jovens fazerem tanto coisas boas, quanto coisas ruins” diz, exemplificando grupos da direita conservadora que tem grande presença jovem no Brasil.

A educação, o incentivo nas escolas e o desenvolvimento de formas de criar interesse nos jovens sobre mídia e política, de uma maneira saudável, é fundamental. No horizonte, a democracia deve estar sempre evidente, para que consigamos criar uma geração crítica, capaz de promover mudanças positivas.