8M: Dia das Mulheres e de Suas Lutas
Neste 8M, conheça o manifesto Feminismo para os 99% e outras publicações para inspirar lutas femininas
Por Larissa Carneiro
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O Dia Internacional das Mulheres (8 de março) é comemorado desde o século passado, quando ativistas sentiram a necessidade de reivindicar seus direitos. Apesar da data ser, hoje, especialmente dedicada a homenagens e presentes, sua história deve ser sempre relembrada e sua essência política, perpetuada.
Geralmente, o dia é relacionado ao incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York, que matou 129 mulheres e 23 homens no ano de 1911. O acontecimento pode ser considerado parte importante de nossa história, já que esteve ligado às condições de trabalho precárias da época, mas vale ressaltar que em 1910, durante a Segunda Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, a jornalista e política Clara Josephine Zetkin sugeriu que as mulheres passassem a protestar por seus direitos anualmente.
A celebração foi oficializada em 1975, pela Organização das Nações Unidas. Assista o vídeo e veja mais detalhes:
Recentemente, o propósito de Clara Zetkin foi resgatado: na primeira tese do livro Feminismo para os 99%: um manifesto, de Cinzia Arruzza, Tithi Bhattacharya e Nancy Fraser, as autoras falam sobre a ascensão de um feminismo global, responsável por promover greves em diversos países no Dia das Mulheres em 2017.

As autoras, que veem oportunidade de mudança social nessas manifestações, acreditam que “a nova onda de ativismo (…) está redescobrindo a ideia do impossível, reivindicando tanto pão como rosas: o pão que décadas de neoliberalismo tiraram de nossas mesas, mas também a beleza que nutre nosso espírito por meio da euforia da rebelião”.

Mais do que nunca, é o momento de refletirmos sobre o passado e decidir nossos rumos; para isso, obras como a de Cinzia, Tithi e Nancy podem nos ajudar.
O manifesto propõe um feminismo que abranja os mais diversos espaços e identidades e seja, acima de tudo, anticapitalista. No total são 11 teses, que irão abordar principalmente os pilares do sistema de opressão – a exemplo da reprodução social, ou seja, o processo pelo qual uma sociedade reproduz a sua própria estrutura, de acordo com a Infopédia – e mobilizar os leitores a se posicionarem contra eles.

Que a gente não se esqueça da reflexão social necessária no Dia das Mulheres e sempre continuemos em busca dos nossos merecidos pães e rosas.
Quer se aprofundar no assunto?
Acesse os links abaixo, e não deixe de comentar o que achou da matéria!
1. Mais sobre Feminismo para os 99%: um manifesto:
2. Vídeo do canal “Tese Onze” sobre reprodução social:
3. Outros livros e autoras feministas a conhecer:
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3 Comments
Um artigo muito bem produzido, com um assunto muito interessante para conhecimento de todos (a). Meus parabéns!!
Uma ótima escritora. Artigo muito interessante!
Adorei o texto! Traz informação e amplia nossas perspectivas. Parabéns! <3